quinta-feira, 5 de abril de 2012




Seus olhos,
Como não canso de olhá-los
São como mágica
Como pássaros...
Eu deixo levar
E quando vejo não sei onde estou!
...
O pássaro apenas voou
E me deixou no ar
   Sem asas pra pousar.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Apenas Lembranças


Já são quase meia noite
Como eu queria você aqui
Pensei em ti o dia inteiro
Pensei em desistir.

Tentei achar respostas
Mas não há pra onde seguir
Pensei em ir embora
Mas já não sei pra onde ir.

São tantas perguntas ecoando
Queria tanto te falar
Que não dá mais pra esquecer
Mas não dá mais pra agüentar.

E minha mente vai girando
Lembrando o teu olhar
No meu mundo só há você
O meu peito só quer te amar.

Quero sentir o gosto do teu beijo outra vez
Sentir seu cheiro, o calor da tua pele ao me tocar.

Quero ouvir você chegar sem dizer
Sentir sua boca, o coração acelerando ao te beijar.

Quero ver seus olhos brilhando
Sentir de braços abertos, o vento, a brisa passar.

Querer nem sempre é poder
Querer, às vezes, significa sonhar!  

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012


      Tudo está desmoronando, como uma antiga casa que ninguém mais frequenta.
    Quem poderá mudar isso?
               Quem poderá limpar as cinzas e as ruínas que já se instalaram no meu peito?
 Ninguém!
Eu apenas sigo sozinha.
 Dando meus suspiros, um por um, como se fosse o último.
Meus gritos ninguém ouve.
Será que ouvirão meu silêncio quando eu partir? 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Um Dia de Chuva



Chove agora
Junto as minhas lágrimas
De solidão.
Em algum lugar a fora
Alguém que eu tento
Alcançar em vão.
Não quero qualquer companhia
Pois apenas uma iria
Amenizar a minha dor.

...
Faz frio lá fora,
Em algum lugar, agora
Sem você eu estou.
Por que você não fica aqui?
Não agüento lhe ver partir
Nem quero mais falar de dor.
Eu poderia falar de amor,
Mas pra falar de amor, te quero
Ao meu lado, me confortando.

...
Continua frio, e a chuva aumenta,
Quando voltar, vê se lembra
De devolver meu coração...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Dor das Palavras

No papel jogo palavras,
Ouço-as.
Caem como gotas d’água,
Leves.
Porém pesadas como a dor
Como a dor da verdade,
Vaidade!
Esconder de si mesmo
Pois a mentira queima menos
Veremos,
Se a verdade não lhe cai
Como ácido.
Corroendo-lhe a pele
E tudo o que há por dentro.

domingo, 22 de maio de 2011

27-02-2011


São tantas noites frias que se tornam quentes, noites que poderiam ter sido, assim como muitas outras, esquecidas no vazio imenso das coisas insignificantes.
Das poucas noites, frias e quentes, que não foram esquecidas, que não foram em vão, me recordo muito bem dessa, lembro de cada segundo, lembro de cada toque, lembro de cada olhar.
Era dia vinte e sete de Fevereiro de dois mil e onze, por volta de uma hora da manhã, estávamos numa pedra, estávamos na NOSSA pedra, na NOSSA praia, de baixo da NOSSA estrela. A cidade estava linda, iluminada, a praia estava linda, apagada, sendo iluminada apenas pela lua e pela luz dos prédios que nos assistiam.
Éramos somente nós ali, a sós, e quem passava pela calçada, simplesmente não existia.
Havia a tensão, como duas crianças esperando pelo primeiro beijo. O medo, a ansiedade, a pressão... O desejo. Porém, sabíamos que as luzes não tinham se apagado a toa, sabíamos que era ali, que seria naquele momento, e não tentamos fugir dele, pelo contrário, tentamos ficar conscientes, tentei acreditar que não era apenas mais um sonho, não agüentava mais sonhar.
Virei meu rosto lentamente, fui de encontro aos seus lábios, sentia minha alma sair de meu corpo e ir de encontro ao paraíso, e no fundo eu sabia que era exatamente o que eu estava fazendo.
Foi o melhor beijo que eu já dei na minha vida, parece que foi o primeiro. Novamente, eu era a criança amedrontada descobrindo o novo, dando o seu primeiro passo no escuro, tirando da minha mente que eu poderia me arrepender, e apenas deixando a certeza de que eu não esqueceria aquele dia pro resto de toda a minha vida.
Após tudo aquilo, que parecia completamente surreal, eu não quis dormir, fiquei com medo de acordar, e estar sonhando novamente... Mas acabei adormecendo.
Dia vinte e oito eu acordei, com a alma tranqüila, no fundo eu sabia que não fora somente um sonho, e se ainda estou neste sonho, não me importo, posso vivê-lo para o resto da minha vida.


domingo, 17 de abril de 2011

O Poeta

Queria ser poeta
Desde pequena
Pois poeta tem a liberdade
Que eu nunca tive.
A liberdade de dizer
E quem quiser que ouça
A liberdade da verdade
Sendo verdade ou não.
Poeta tem o dom
Mesmo que não escreva bem
Pois ele vê
O que ninguém mais quer ver.
A verdade dói,
Mas a dor faz parte da vida
Faz parte da ferida
Que nasceu na experiência.
Sempre quis viver
Escrever
Somente pra dizer que sou poeta,
Mas não sou nada.
Sou só criança quieta
Que fala muito...
Amedrontada.